Kristen e Dakota falam ao Examiner sobre a experiência de como viver, aprender e gravar com Joan Jett e Cherie Currie. Falaram sobre os fãs adolescentes, a convivência das duas – já que fizeram outros filmes juntas. E muito mais! Confiram a tradução feita pelo Foforks abaixo:
Kristen Stewart e Dakota Fanning parecem não poder se afastar uma da outra. As duas atrizes estrelaram vários filmes juntos, incluindo The Runaways, Cutlass (um curta, escrito e dirigido por Kate Hudson), A Saga Crepúsculo: Lua Nova e A Saga Crepúsculo: Eclipse. Stewart e Fanning também são amigas na vida real, o que sem dúvida ajudou tremendamente quando filmaram The Runaways, baseado na história real de uma banda de rock só de garotas adolescentes, que fez sucesso internacional no fim dos anos 70, mas que fracassou depois de quatro anos juntas. É uma história cautelosa de fama, abuso de substâncias e exploração sexual, mas o filme também é uma história inspirada em triúnfo musical, auto-descoberta e redenção.
O título do filme The Runaways pode ser sobre a banda, mas o foco do filme é em dois membros da banda em particular: a vocalista Cherie Currie (interpretada por Fanning), que saiu do grupo no auge do sucesso, e a guitarrista/cantora Joan Jett (interpretada por Stewart). Na vida real, Jett e Currie eram amigas próximas e brevemente amantes (como detalhado na biografia de Neon Angel, de Currie, o qual a diretora/escritora Floria Sigismondi adaptou no filme The Runaways, e as duas ex companheiras de banda trabalharam com suas intérpretes nas telas. (Jett também é uma das produtoras executivas do filme). Fazer The Runaways causou um profundo impacto para Stewart e Fanning, como elas me disseram quando eu me sentei com elas em Nova York na press junket do filme.
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O que te surpreendeu mais, em termos de pelo que tem que passar uma banda para crescer?
Fanning: Eu acho que minha primeira impressão era que era simplesmente ser jogado dentro do estúdio de gravação para cantar as músicas. Eu não tinha regravado elas até esse dia. Elas estão como elas são e é o que está no filme e na trilha sonora. Então sim, estar no estúdio e perceber o que eles estão fazendo hoje, o que é meio como se as Runaways estivessem de volta, o que é legal. Elas só gravaram uma música uma ou duas vezes, e então estava feito.
Kristen, você toca violão há muito tempo e escreve músicas. Como interpretar Joan Jett afetou você tocar violão na vida real, gosto musical ou escrever músicas?
Stewart: Definitivamente me fez tocar mais violão. Eu tenho que dizer, quando eu toco música é meio que nada como Joan. Ela é uma guitarrista ritimada . Eu sou meio que uma guitarrista estranha, exigente e maníaca. Eu toco de um jeito muito diferente do dela.
Eu tive muita sorte por tocar guitarra, porque eu tive um espaço de tempo muito curto para aprender as músicas e as coisas, e ela tem um jeito muito distinto de tocar. Por sorte, eu não tive que me preocupar em acertar o som dela. Quando você escuta guitarra no filme, na verdade é a Joan tocando. Eu tive que aprender as músicas para parecer que eu eu estou realmente tocando.
O que vocês aprenderam com Cherie Currie e Joan Jett?
Fanning: Eu acho que elas estavam muito envolvidas em nos ajudar o quanto quiséssemos que ajudassem, e por estarem lá. Interpretar uma pessoa real é meio que uma tarefa assustadora, especialmente com Cherie realmente estando lá e conhecendo-a, conversar com ela sobre as experiências dela, foi mais do que útil, eu acho.
Stewart: Elas sabiam coisas que nós jamais saberíamos, que nós não seríamos capazes de colocar no filme, e que seriam perdidas, coisas que eram muito importantes para elas. Apenas detalhes, foros e vídeos, e um livro, Neon Angel. Não é um objetivo contar a história; é definitivamente o lado da Cherie Currie da história. Foi legal ouvir o lado da Joan, porque foi muito diferente. Haviam milhões de coisas que teriam sido diferentes no filme, e nós teríamos contado a história errado, se elas, Cherie Currie e Joan Jett não estivessem lá para nos corrigir.
Quanto vocês estudaram a linguagem corporal de Cherie Currie e Joan Jett e como elas procederam?
Fanning: Foi definitivamente olhar o jeito que a Cherie era. Cherie no palco e fora do palco era muito diferente, então eu me certifiquei de que houvesse essa diferença entre os dois. No palco, ela era parecida com David Bowie e ela era maior do que a vida, e tinha muita confiança. Na vida real, ela é muito vinerável, e meio que tem essa inocência sobre ela.
Na vida real, vocês começaram a adotar alguns dos hábitos ou os gestos de Joan e Cherie?
Fanning: Nós nos tornamos amigas. Elas estavam lá, no set de The Runaways o tempo todo. Eu ainda vejo Cherie muito e ela tem uma grande personalidade. E você não pode impedir de se influenciar com isso. Coisas na minha vida, eu me lembro delas. Eu conto à elas, porque foi uma grande experiência para mim. Então sim, eu apenas finjo que eu ainda estou fazendo o filme e que eu ainda estou interpretando ela.
Stewart: Eu fui à Comic-Con, em San Diego, bem no meio das gravações de The Runaways. Eu não estava pronta para isso de jeito nenhum, para a experiência na Comic-Con. Eu estava em um espaço mental completamente diferente, eu eu acho que isso definitivamente se deixou transparecer.
Vocês duas fizeram vários filmes juntas. Como vocês interagem foram das telas?
Fanning: Ela é uma das minhas amigas mais próximas.
Stewart: Eu acho que nós nunca saímos juntas e não fazer referência ao filme The Runaways.
Fanning: Eu acho que Joan e Cherie têm algo, e é algo que elas sempre terão. Eu não acho que ninguém mais vai realmente entender isso, apenas pela experiência pela qual passamos, então é muito legal.
Stewart: Nós duas realmente amamos filmes, porque é o que fazemos. Eu sou uma grande fã. Não existem tantos atores jovens com quem eu já conversei que saibam isso. Nós não nos ligamos muito. Eu simplesmente acho que Dakota Fanning é legal.
E vocês sentem uma pressão extra para pegar certo as performances de palco?
Stewart: É por isso que as performances eram a coisa mais intimidantes, porque elas tem estilos tão interessantes. Eu não sou uma cantora, então essa é uma coisa nova pra mim. Você assiste esses vídeos, e quando eu comecei a assistir Joan tocando essas músicas, ela era tão cheia de alguma coisa que ninguém podia tentar imitar, porque é único para ela, e niguém mais tem aquilo. Ela olhava pela multidão, e há alguns vídeos onde você tem sorte e pega uma boa imagem dela… Quando ela encara aquela câmera, você fica tipo “Eu nunca vou conseguir fazer aquilo.” Porque para Joan, a música é tudo…
Você pode comparar e contrastar a adoração dos fãs na vida real com o tipo de adoração que uma estrela do rock recebe?
Fanning: Eu acho que se trata de comparar um ator com alguém da música. É muito diferente. Eu apenas interpretando uma cantora é meio que uma energia diferente que você sente, do que uma pessoa gritando ou aplaudindo por você pessoalmente. Para atores, na maioria das vezes, as pessoas só são fãs de quem você interpretou como um personagem, e então eles te vêem como aquele personagem. O oposto de um músico, que eles amam à você, e como você é nos palcos, e como você se projeta em outras pessoas…
Stewart: Músicos fazem declarações. Eles estão lá para serem eles mesmo. Isso simplesmente não é como os atores são. Eu acho que músicos são muito mais figuras públicas do que os atores, quase.
Como vocês descreveriam seus fãs? Como vocês se sentem sobre seus fãs?
Fanning: Você precisa ter o apoio dos fãs nos seus filmes, e é tão maravilhoso quando alguém é movido e inspirado por algo que você faz. E é por isso que eu faço. Se você pode ajudar alguém aí fora, e ele se torna um fã, eu acho que isso é incrível.
Stewart: Compartilhar o que você ama com outras pessoas, não há nada mais gratificante do que isso. É estranho quando alguém vem até você e diz, “Oh, eu vi esse filme qualquer em que você está,” e na minha cabeça, ninguém viu ele, mas eles gostaram.
O que vocês podem dizer sobre moda, em The Runaways?
Fanning: Eu tenho quase que todo o meu guarda-roupas do filme. Eu amo o macacão prateado e o espartilho, porque eles são tão únicos da Cherie. Aqueles são os dois mais importantes para mim.
Stewart: Eu peguei esse… É muito estranho, eu continuo dizendo que nós “pegamos isso.”
Fanning: Eles nos deram! [Fanning e Stewart riem.]
Stewart: Eu tenho essa jaqueta de couro que eu vesti no filme, basicamente o tempo todo. E eu escrevi “Joan” na parte de trás dela, em letra pequena e em caneta branca, então parece realmente punk rock, e é incrível. Eu dei à ela, então é muito legal. Eu devia ter pegado as duas jaquetas. Eu dei para Joan a jaqueta que eu usei no filme.
O que há sobre Joan Jett e Cherie Currie que combina mais com vocês?
Stewart: Joan foi a primeira mulher a iniciar sua própria gravadora. Ela foi basicamente puxada depois que The Runaways se separou, e depois do período de maior sucesso, e extravagante, durante dois anos, em uma idade tão jovem, com isso ela estava feita. As pessoas pensaram que ela tinha chegado ao topo. Apesar do sucesso de The Runaways, as pessoas ainda não queriam ouvir as músicas dela, as pessoas ainda não gostavam do estilo dela, as pessoas pensavam que ela era muito agressiva, que ela era feia, ou que não era feminina o suficiente, ou qualquer coisa.
Ela não é uma artista famosa porque ela faz músicas legais. Ela faz músicas realmente ótimas. Está cheio dela. Ela é a música dela. Ela diz, “Se você quer me conhecer, leia minhas letras.” Ou escute à guitarra que ela está tocando. É legal, não só por isso, mas ela fez algum avanço. E as pessoas deveriam saber de onde ela veio. É por isso que Runaways é tão legal, porque eu não sabia nada sobre The Runaways.
Fanning: De Cheire, o que eu levei foram os sacrifícios que ela faz para desistir do que ela ama fazer. Ela até diz hoje que ela teria morrido se ela tivesse continuado no caminho que ela estava seguindo. Então para assistir alguém fazer esses sacrifícios, era olhar para mim mesma e dizer, “Eu poderia desistir disso?” Obviamente, eu não estou em uma queda em espiral como ela estava, mas é uma coisa muito difícil de se fazer. E assistir a amiga próxima dela, Joan Jett e não ter nada de ressentimento e ter tanto orgulho de Joan, isso é uma coisa tão incrível de se ver. Cherie é muito inspiradora para mim.
O que vocês acham que as pessoas vão levar do filme The Runaways, especialmente as adolescentes?
Fanning: Eu não acho que muitas pessoas da minha idade saibam quem são as Runaways. E eu não acho que muita gente conheça a história de Cherie Currie. Então vai ser ótimo trazer a música delas à uma geração diferente.
Stewart: Definitivamente tem isso, e é uma boa história para as pessoas que não sabem sobre isso. Como eu disse antes, é bom saber de onde viemos, porque nós, na nossa geração, crescemos de uma forma diferente. Eu nunca pensei por nenhum segundo que eu não pderia dizer alguma coisa, fazer alguma coisa, ou agir de algum modo. Simplesmente não foi assim que nós crescemos. Foi diferente para as garotas do Runaways.
Joan está muito animada, e nós todas estamos muito animadas também, que as pessoas tenham sido inspiradas um pouco pela música. Eu tenho muitos amigos que dizem, “Oh, eu estou em uma banda agora.” Nós passamos por coisas que são meio que o máximo que você pode, então ficamos tipo, “Yeah! Faça isso!” É incrível. Você vê um monte de garotas tocando instrumentos agora, você vê um monte de garotas tocando música, mas nenhuma delas é agressiva. Nenhuma é! Ninguém nas paradas ainda toca hard rock, de verdade — tipo, nenhuma garota. Seria incrível se as pessoas entrassem mais nisso, e sentissem como se pudessem fazer isso de novo.
Onde vocês duas saíam quando estavam filmando The Runaways?
Stewart: Nós saímos juntas dentro de carros, casas e dentro dos nossos trailers.
Qual é a sua parte favorita em filmar A Saga Crepúsculo: Eclipse?
Stewart: Eu não sei. Eu sempre gosto de voltar aos filmes de Twlight. É difícil ser específica.
Kristen, o que você achou sobre ter ganhado o prêmio de Estrela em Ascenção no British Academy of Films and Television Arts (BAFTA), nesse ano?
Stewart: Uma grande honra, é claro, considerando especialmente as pessoas que também foram indicadas. Foi realmente esmagador.
Grande, né? Mas valeu a pena!
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