Robert Pattinson: Entrevista com um vampiro
Por Silvia Maestrutti
Sua mãe era uma modelo, dela, Robert Pattinson herdou sua beleza e uma paixão por atuar. Pattinson nasceu em maio de 1986 em Londres, e seu pai era uma vendedor de carros. Mas foi sua mãe que o encorajou a se tornar um ator e o ajudou a conseguir seu primeiro grande trabalho aos 15 anos – quando ele se tornou o lindo Cedric Diggory em um dos famosos filmes Harry Potter. Aí é onde a diretora de Twilight o viu alguns anos atrás. Não convencida que Pattinson poderia trazer Edward Cullen à vida, ela o trouxe de London para Los Angeles para um teste de tela. O testo foi uma cena de amor com aquela que seria sua colega na saga e também a jovem que roubou seu coração: Kristen Stewart.
Fãs de Pattinson, que o amam incondicionalmente sem conhecê-lo, se derretiriam com a oportunidade de falar com ele e vê-lo da forma que ele é por trás das cenas. Ele é um pouco tímido, inteligente e muito amável com quem conhece – à la Johnny Depp, um dos atores que ele admira. Seus olhos azuis estão sempre sorrindo, especialmente sem o disconforto de lentes de contato que ele precisa usar enquanto interpreta Edward em Twilight, New Moon e no próximo filme, Eclipse. Edward é um personagem que fez Pattinson extremamente famoso por todo o mundo.
“É muita atenção. Eu ainda não entendo o porque algo assim acontece, e acho que nunca entenderei. Deve ser porque pele pálida é muito sexy (ele brinca). É muito difícil ver como normal o fato que garotas vêem você, começam a gritar e te pedem para morder seus pescoços. Quando eu estava estudando, exatamente o oposto acontecia comigo. Você perde muita privacidade, mas não estou reclamando. Não deixei isso ser entendido da forma errada, estou apenas tentando sobreviver o novo fato de eu ter me tornado um fenômeno quase tão grande quanto o vampiro que interpreto,” ele diz sentado na beira de sua cadeira, apoiando os cotovelos em suas pernas e segurando seu rosto em suas mãos – uma de suas poses favoritas.
Pattinson acabou de terminar as filmagens da terceira parte da saga, Eclipse, que novamente irá focar a frenzy nele quando estreiar em junho. Ele também filmou o drama romântico Remember Me, que está para estreiar nos cinemas e em qual ele interpreta um jovem rebelde em uma história familia à de Romeu e Julieta. É sobre um amor proibido entre dois jovens com pais que se odeiam. De acordo com os crítico, o filme ajuda a mostrar que antes de ser o galã que ele não quer ser, Pattinson é um grande ator.
Eles devem te mandar centenas de roteiros. O que fez você escolher um filme como Remember Me ao invés dos outros?
O roteiro é fantástico, e isso é a primeira coisa na qual olho – e também meu personagem. De primeira, eu pensei que seria apenas mais uma história. Quando eu a li, percebi que era um drama que iria permitir me expressar como ator. Eu não tinha lido Twilight, e mesmo assim, Edward também deixou obcecado – especialmente a idéia de entrar na pele de um ser imortal e compartilhar suas dúvidas. Eu não iria querer ser imortal de forma alguma, mas como um ator essa saga me deixa ser assim de tempos em tempos.
Você também interpretou Salvador Dali em Little Ashes. O que você aprendeu dessa experiência?
Eu comecei a pintar fingindo que era ele, e graças ao filme descobri o quanto gosto de pintar. E eu pensava que Dalí era um gênio, o mais que eu lia sobre ele mais sua mente me fascinava. Eu fiz um jovem Dalí, que tinha acabado de retornar para Espanha vindo de Londres, e que gostar de zuar com seu amigo Federico García Lorca, brincar com suas emoções, dizendo que ele é gay. Foram 3 maravilhosos meses em Barcelona, e outro ator britânico e eu éramos os únicos que não sabíamos falar espanhol, que vergonha. Mas me apaixonei pela cidade.
Você costumava viajar muito antes de ter que viajar puramente por razões de promover?
Eu amava viajar, e isso é o que sinto mais falta de minha vida antes de Twilight. Agora eu gosto de ir em visitas promocionais em lugares como Tokyo, onde eu posso andar mais calmamente e ter uma vida quase normal. Quando eu era mais jovem, eu viajei para Berlim. Eu sempre gostei de explorar cidades, ir em seus clubes. Sou um músico, eu tinha uma banda e gosto dessa atmosfera. Agora eu compenso compondo quando estou nos hotéis, durante filmagens. Eu quero produzir um disco mas quando tudo isso passar, mais tarde. As pessoas na rua me chamam de Edward, se eu lançar um album, eles comprarão pensando que é Edward que está cantando. Que estranho!
Em New Moon, você apareceu em sonhos de Bella. Como será Eclipse?
Eu não posso dizer muito em avanço, mas apenas que não é tão íntimo quanto os outros dois, porque muitos dos personagens estão em guerra. Taylor (Lautner) e eu temos muitas cenas nas quais parecemos com ciúmes um do outro, e isso foi em fácil porque é incrível o quanto ele transformou seu corpo. É fantástico. De repente, Taylor se transformou em um Jacob que é o protótipo do sonho de uma adolescente. Mesmo assim, nossos personagens se unem no filme para salvar Bella.
Você é de alguma forma parecido com seu vampiro, Edward Cullen? Você pode entender o amor apaixonado que ele sente?
É muito difícil se comparar com um vampiro. O que eu gosto mais sobre ele é que ele é muito operacional, branco ou negro, sempre indo aos extremos. Ele ama mas não pode aproveitar porque ele tem medo de seu amor matá-la. Eu acho que o filme é uma perfeita metáfora de abstinência sexual (risos). Edward vive em conflito, e eu também sou assim. Ele é um pouco sombrio, e eu tenho meus momentos depressivos. E sobre sobre sua idéia de amor, eu acho que somos parecidos. Eu gosto de sentimentos duradouros, eu quero estar com alguém por 10 anos e não apenas 10 minutos. Como Edward, eu sou muito intenso.
Você e Kristen se tornaram muito famosos ao mesmo tempo. Vocês se ajudaram a entender o fenômeno?
É ótimo compartilhar experiências intensas com alguém que também está tentando entender o que está acontecendo ao seu redor. Não é fácil se tornar um poster pregado na parede de um adolescente, não tem escola para te preparar pra isso. Kristen é uma ótima atriz, eu aprendi muito com ela. Mas basicamente eu acho que somos parecidos no fato de que queremos ser atores, apenas isso – nunca tentamos ter virado posters.
Nenhum comentário:
Postar um comentário