segunda-feira, março 15

THE RUNAWAYS – CRÍTICA [spoiler]

O fracasso em focar na banda não tinha que resultar em uma história menos satisfatória – filmes como A Rosa e Coração Louco provam que uma estrela fascinante pode eclipsar a banda, os fãs e todos os outros – mas, como sugere Shawkat, o conto de Currie é mais como um especial pós-escola do que a história do passado de um artista. Acabamos desejando mais sobre a história de Joan, ou mais música, ou mais qualquer coisa – simplesmente menos vazio, menos passividade. Mais diversão.

E talvez isso seja realmente o que está faltando em The Runaways: um senso de diversão. Imagens de artefatos da época de 1970 – carros enormes, telefones públicos, painéis de madeira e cabelos super repicados que você pode agitar com um brilhante pente de bolso – proporcionam uma certa agitação, mas dão lugar à escuridão dos ex-viciados em drogas e ao fracasso dos alcoólatras.

Não quero menosprezar a luta de Currie contra o vício, mas será que todas as cenas dos seus estados alterados tem que ser tão pesadas e sombrias? Presumivelmente, foi divertido por pelo menos um tempinho, mas a alegria dos altos nos foi tirada pela precipitação dos pontos baixos.



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    No final do filme, a roqueira e a vítima se reúnem brevemente, através de um telefonema de Cherie para uma estação de rádio onde Joan é a convidada. Currie observa que saiu-se razoavelmente bem porque “não está morta ou na prisão”, e aí está o problema: a dela é uma história contada em ausências, no que não aconteceu. É uma falha não mostrarem o que aconteceu, enquanto Joan e os outros estavam lá, esperando, prontos para atacar os portões…

    Os fãs de Jett não irão se decepcionar com The Runaways – pelo menos não enquanto Stewart estiver na tela – mas enquanto Joan e Cherie sorriem no telefone e “Crimson and Clover” toca durante os créditos, a imagem final é de uma conexão perdida em vez de uma conexão de amor, uma chance de estrelato que se perdeu em abuso de drogas e conflito.

    The Runaways vai, pelo menos brevemente, levar a música da banda (e da sempre incrível Joan Jett) de volta à consciência dos adolescentes americanos, e isso não é pouca coisa. Nós todos ouvimos sobre “sexo, drogas e rock ‘n’ roll”, mas nós não ouvimos sobre eles na perspectiva de uma mulher jovem, e isso é o outro elemento essencial que faz o filme valer à pena.

    Se você ficar insatisfeito depois de ver este filme, pegue um violão ou a Joan Jett e os Blackhearts Live em DVD. O puro sex appeal de Joan Jett é realmente tudo sobre a música, e The Runaways esquece isso. Mas o filme pode, como efeito colateral da sua incapacidade de fazer jus ao seu tema, servir como um lembrete para colocar uma outra moeda na jukebox, baby.

    Tradução: Bianca Chiesa//Portal Twilight

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