domingo, abril 29

Entrevista Traduzida De Kristen E Garrett Para A Jalouse!

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On the Road
Aparentemente, ainda há filmes de “grupos” onde os atores, técnicos e equipe compartilham algo por semanas e então partem em caminhos diferentes, sabendo que terão todas as noites quando se sentarem cantando em volta de uma fogueira.

Estando perto de Kristen e Garrett por algumas poucas horas, você pode logo ver essa proximidade: a amizade deles definitivamente vem das filmagens/aventura. Eles podem ser jovens (21 e 26 anos), esses dois viveram e não importa o quão bonitos sejam, eles não são bobos. Honestamente, nós amamos criticar, mas aqui nós vamos ter que reverenciar. Se a filmografia deles pode não jogar a favor deles (Twilight para Kristen e Tron para Garret), eles enfrentaram essa adaptação com tanta intensidade e inteligência que você pode ver isso nessa entrevista. A forma em que eles ouviram seus personagens e como retrataram precisamente é confirmada para nós pelos produtores e pela biografia do escritor que estava trabalhando como um consultor no filme.

Eles estavam felizes por verem um ao outro novamente, Kristen e Garret, é óbvio. Eles se divertiram posando juntos, apertados um contra o outro em um Chevrolet azul desbotado antigo, que foi usado como um apoio para o ensaio. Deitados, sentados na roda, apoiados no porta-malas, espalhados no capô…
Eles riram e provocaram um ao outro durante os intervalos, acendendo cigarros. Depois do ensaio: entrevista de duas vozes. Kristen, em uma camiseta branca e um short curto da antiga Levis’501, senta em um banquinho, parecendo natural apesar de seus olhos escuros pelo ensaio. O doce Garrett, que parece ser muito legal, se senta em um sofá oposto e abre sua primeira lata de Coca-Cola do dia. Depois de muito champagne entre as tomadas (o assistente na verdade mostrou a ele como servir como um cavalheiro, o que fez o ator rir:  ’é como uma mulher, você tem que segurar a garrafa pelo pescoço’).


A Geração Beat Continua

Eles realmente queriam fazer esse filme.
Kristen: Eu li On the Road quando tinha 14 anos. Foi o primeiro livro que me fez querer ler. Dois anos depois, eu recebi o script e me encontrei com Walter. Algumas vezes você conhece pessoas e percebe que você quer fazer o trabalho pelas mesmas razões que eles. O que quer que fosse a conversa que estávamos tento, nós compartilhamos uma excitação em comum, eu e ele sentimos a mesma energia. Quando eu saí, eu vi que eu peguei o papel e pulei por todos os lados!
Garrett: Sim, você dançou no nosso jantar por isso.
Kristen: O que? Oh certo, eu era tão nova.
LuAnne Anderson, a verdadeira Marylou, era jovem também. Casada aos 15 anos com Neal Cassady, o verdadeiro Dean Moriarty. Garrett tinha 22 anos quando ele ficou sabendo que ia interpretar o melhor companheiro e desprevenido cúmplice de Kerouac, quem ele disse que, ajudou ele a abrir esses olhos quando ele era um adolescente e que ler o livro o impulsionou a sair de Minnesota. No set, ele celebrou seu aniversário de 26 anos. Pela espera de 4 anos antes que o orçamento estivesse finalizado, a vontade dos atores nunca diminuiu. “A persistência de Walter Salles foi marcante. Ele preparou o projeto enquanto filmava um documentário: de fato, ele já começou o filme antes de receber a luz verdade,” diz Garrett. “Com Walter e uma equipe de 50 pessoas, nós fizemos uma viagem de NY para LA, nós tivemos que parar 9 vezes por problemas no carro, mas conseguimos.’Chile, Argentina, New Orleans, Arizona, Cidade do México, Montreal, San Francisco. A viagem feita para o filme, forçou a equipe a viver como ciganos por vários meses. Os três atores principais tiveram que passar pela mesma coisa durante essa jornada, sem conforto ou mimos (agentes e representantes não estavam presentes também, o que é bem raro nos EUA.)
Garrett: Nós nos apoiávamos um no outro. Nós fomos como família por seis meses. É um sentimento que você normalmente tem nessa linha de trabalho, exceto aquele mês depois que você se encontra com uma família completamente diferente. Mas sentir uma sensação de pertencer tão forte como essa, não acontece sempre. Nesse filme foi muito especial!

Kristen: Todo mundo que trabalhou nesse filme me disse o mesmo, é raro ser parte de uma experiência como essa. Se eu não fosse parte eu iria ficar com inveja!
Para fortalecer essa solidariedade, a produção organizou um tour antes das filmagens: um mês submerso na cultura da Geração Beat com leituras e exibições (todos os filmes de Cassavetes!). Essa foi uma experiência anterior que ajudou Kristen a se familiarizar com a sua personagem. “Eu tive a oportunidade de escutar horas de gravações de LuAnne falando sobre aquela época, ouvindo a voz dela bilhar quando ela falava sobre o jeito que ela dançava. Nós sabíamos tantos detalhes sobre as pessoas reais no livro, sobre suas vidas, que isso nos ajudou a interpretar as cinas difíceis. Eles estavam conosco.”

A Festa Nu
Essa garota com uma personalidade forte e um sex appel atordoante, que entrou a bordo de um carro Husdon de 1949 ao lado de dois amigos, foi para Kristen um papel feminino bastante raro, esteja isso na literatura da época ou no cinema de hoje em dia. LuAnne se apaixonou aos 14 anos por Cassady. “Algo provavelmente despertou nos agradecimentos dela para ele,” explica a atriz, enquanto torcia seu banquinho. “Nada que ela fez foi marcado por medo. Ela foi um ser que se libertou da sua inibição, ela não era alguém temerosa. Seus olhos estavam muito abertos quando se tratava da vida, sem julgamentos, ela é capaz de encontrar a beleza em tudo em nós. Eu a invejo. Ela constantemente explode, ela quer que todo mundo se sinta bem o tempo todo.” Uma garota sem tabus, que é dividida entre dois amigos.
Garrett: Ela entendeu que aquele ciúme não tinha significado. Ela sabia que o homem dela estava dormindo e que a personalidade dele o fez querer tocar todo mundo.

Kristen: “Ela não rejeitou dormir com todos seus amigos também,” Kristen continua. A promiscuidade erótica na versão sem censuras do livro (o manuscrito original publicado em 2007) deve estar no filme também. De fato, o filme apresenta algumas cenas quentes, em adição a uma atmosfera de festa e excitação permanente, tudo reforçado por drogas e álcool. On the Road é irrestrito como a vida do trio deve ter sido. O trio que iniciou a liberdade hippie nos anos 70 com uma ou duas décadas adiantadas. Para os atores, sexo e drogas eram parte do contrato desde o início das filmagens mas é difícil ter detalhes de como eles experienciaram isso pessoalmente no set. “Nós sentimos muito do amor pelos nossos personagens e nós queríamos que as pessoas os amassem tanto quanto nós amamos.” Os dois se lembram. Nós compramos seu entusiasmo. Mesmo se a história acontece nos anos 50, o filme é atemporal com seus heróis em todo mundo que consegue se identificar com eles, começando com os atores. Os dois confessam ser completamente dominados pelo espírito da viagem na estrada, a sede pela liberdade, a procura pela ‘coisa.’ Eles ainda aprenderam uma lissão filosófica: “Quando você sai do colegial, você se sente como qualquer coisa que você queira fazer está ao alcance das suas mãos. Mas uma vez que a vida te vibra um pouco, você pensa em uma ocupação, você precisa ser bom. Ao invés de se alinhar para a conquista da sua vida, você é atrasado pela vida e você acaba perdendo o encanto/admiração.”

Kristen, no topo do seu status como atriz que trabalhou desde nova, não quer perder sua fagulha também. “Eu amaria ser tão animada quanto aqueles caras eram. Eu amaria ser desse jeito todos os dias. Não tem nada a ver com a idade.” Nós terminamos de falar sobre o final das filmagens desse filme, sobre o coração partido e a separação. Garrett não pôde estar presente na festa de encerramento por causa de outras obrigações.

Fonte: StrictlyRobsten

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