Nascida na Califórnia, Kristen Stewart prefere manter longe da mídia o romance com o parceiro de Crepúsculo, Robert Pattinson
Entrevista
Os olhos verdes, contrastando com os cabelos escuros e a pele clara, iluminam a suíte do Hotel Four Seasons, em Beverly Hills, Estados Unidos, quando Kristen Stewart, 21 anos, surgiu – de jeans e camiseta! – para a entrevista à CONTIGO!
O rosto delicado nem parece ser dona da voz grave, de menina forte, vista nas telonas na pele da personagem Bella, da Saga Crepúsculo, que chega a seu quarto episódio com Amanhecer – Parte 1, que tem estreia mundial na sexta-feira (18).
Californiana de Los Angeles, Kristen nunca se encaixou no perfil esperado para uma jovem estrela de Hollywood. Sentia se desconfortável ao falar com jornalistas e posar para fotos. Mas, desta vez, mostrou-se mais relaxada, talvez por influência do namoro com Robert Pattinson, 25, – o vampiro Edward da saga -, nunca assumido publicamente, apesar de o mundo já estar acostumado a ele. Apesar de menos tensa, a atriz ainda gagueja e hesita em algumas respostas, batendo de leve o dedo indicador sobre o lábio enquanto pensa. Ao mesmo tempo é bastante expressiva falando apaixonadamente sobre Bella, com quem diz se identificar, e sobre os companheiros de elenco, Pattinson e Taylor Lautner, 19, para quem preparou chilis e muitas sopas durante as filmagens do longa, o último romance da série, dividido em duas partes no cinema – a segunda será lançada em novembro de 2012. Ela também ironiza algumas frases prontas, fazendo
vozes engraçadas. Quando ri, é de forma breve, contida, quase nervosa.
Precoce, a atriz viveu muitos desafios no novo filme. Bella casa-se com o vampiro Edward (Robert Pattinson), passa a lua de mel no Brasil – em imagens lindas feitas no Rio e em Paraty – e engravida, colocando sua vida em risco ao gerar um bebê que não é totalmente humano. No mundo real, os desafios são outros. Mas Kristen os encara da mesma forma: com o ímpeto que a faz ainda mais bela.
Como foi fazer a cena do casamento?
É a cena mais importante da série. Rodamos no final e eu realmente passei por toda a experiência. Quando penso, é como se realmente tivesse acontecido comigo. Joguei tudo pela janela e amei. É assim que pensa em fazer no dia de seu casamento… É, apenas ande (risos)!
Se sentiu bem no vestido de noiva?
Realmente amei. Nunca pensei no vestido quando me imaginei andando em direção ao altar, apesar de sonhar com este momento há anos. No momento em que vesti, pensei: …Desculpem-me (risos). Pensei: é demais!
E como foi filmar a lua de mel no Brasil?
Foi incrível! De verdade. Falavam de filmar em Nova Orleans. Havia figurantes no Rio, mas era como se não fossem. Então conseguimos capturar um pouco de vida. É surpreendente, excitante, muito vivo. Foi bem divertido sair da cidade também e me sentir isolada naquela ilha em Paraty. É engraçado quando Bella tenta levar Edward para a cama.
Gostaria de fazer mais comédia?
Sim. Mas o problema é que não sou engraçada quando tento ser. Estrago tudo quando existe graça em uma cena. Nem deveria dizer isso, porque os produtores vão me riscar das comédias (risos)!
Poderia falar um pouco sobre sua experiência em On the Road?
Vou soar óbvia, mas Walter Salles é uma das pessoas mais inspiradoras que já conheci. On the Road (obra-prima de Jack Kerouac) foi meu primeiro livro favorito. Conheci Walter logo depois de Crepúsculo; o filme não tinha sido lançado ainda. Instantaneamente percebi que gostávamos do livro pelos mesmos motivos. Soube que trabalharia com ele logo depois da primeira reunião. Se o projeto fosse aprovado, eu teria o papel. E devo ter lido 50 vezes (diz, emocionada)… Não podia, não posso, nem tenho as palavras… Ser capaz de saber de coisas que você jamais poderia saber sendo apenas uma fã do livro, como falar com a filha da minha personagem… Nem tenho palavras. Foi a coisa mais legal que já fiz.
Voltando ao filme, você aparece muito magra durante a gravidez. Como foi se ver daquele jeito?
Numa produção tão grande, ter sua protagonista com uma aparência horrível por metade do filme é ousado. E se ver daquela maneira coloca você em outra sintonia. Mas é alarmante. E a cena do parto? Ficou traumatizada? (Risos) É engraçado porque eu considero aquela cena grotescamente bonita. Bella sempre foi fervorosa em ser capaz de ir aos extremos… Agora ela pôde mostrar! Mesmo havendo sangue em todas as partes, nunca vi o bebê como demônio. Tudo o que torna a sequência aterrorizante acho bonito. Fiquei emocionada, de uma maneira bem maternal.
Era maternal ou o filme a converteu?
Não precisei ser convertida, mas algumas experiências despertam coisas em você. Sou a mais nova na minha família e nunca tive nenhuma inclinação a bebês. Mas a ideia de que é seu é tão diferente! Foi o que realmente amei sobre a atitude de Bella. Como era simples, crua, nada complicada, só extremamente humana.
Tem conflitos com Bella?
Não há nada que ela faça que não a defenda. Não é sempre assim com as personagens, às vezes elas são muito diferentes de você. Tenho essa conexão inexplicável que muitas pessoas têm com ela e os livros, então queria que fosse como a minha experiência ao lêlos. Amo tudo o que ela diz ou faz.
Está triste em deixá-la?
Se não tivéssemos conseguido terminar a série, com certeza estaria. Mas estou pronta para outra. E também sinto que vou falar sobre ela pelo resto da minha vida, ela não vai me abandonar.
Já que você viveu essa experiência com Robert Pattinson e Taylor Lautner, acha que serão amigos para sempre?
Com certeza. Tenho algo muito especial com ambos. Somos muito, muito amigos. Tivemos sorte, e isso transparece. Nos divertimos muito trabalhando juntos. Esses caras são… Eles são meus!
Robert parece ser muito tranquilo, de não levar tudo a sério. Isso ajuda?
Certamente. Especialmente porque sou o oposto. Nós três somos diferentes. Taylor diz coisas que muita gente diz, mas o sentimento por trás é diferente, sabe? E Rob… é maluco (risos).
Você está mais confortável em entrevistas. A Bella ajudou?
Definitivamente. Eu cresci aqui (numa sala de entrevistas). Fora, era a mesma pessoa. Você precisa de experiência para ser capaz de falar de si mesma. Atuar é tão pessoal. E eu era tão jovem. Não sabia como explicar, exatamente como Bella saberia se explicar! Agora já percorri um caminho.
Para conter a histeria e a ansiedade dos fãs
Desde o lançamento da série Crepúsculo, escrita pela americana Stephenie Meyer, em 2008, a maior expectativa dos fãs – do livros e do filme – era ver a cena do casamento entre Bella (Kristen Stewart) e o vampiro Edward Cullen (Robert Pattinson). Dirigido por Bill Condon, o quarto longa da série, A Saga Crepúsculo: Amanhecer – Parte 1, vai direto ao ponto. E ninguém vai ficar decepcionado com um casamento dos sonhos em meio à floresta. O anseio seguinte dos fãs era ver o romance consumado – nas três produções anteriores, o vampiro bom moço se conteve. Nesse quesito, a lua de mel no Brasil oferece momentos engraçados como pouco se viu em toda a saga. Depois de breve passagem pelo Rio – os dois dançam na Lapa! -, o casal parte para uma ilha, em Paraty. O vampiro machuca sua amada na noite de núpcias, e ela precisa suar para seduzi-lo novamente. A felicidade é interrompida quando Bella descobre-se grávida. O bebê ameaça sua vida, mas ela nem cogita interromper a gestação, para desespero de Edward e do lobisomem Jacob (Taylor Lautner). A partir da gravidez, Amanhecer – Parte 1 ganha contornos de filme de terror,com uma cena de parto bem dramática. Condon (de Dreamgirls) extrai boas imagens do romance e performances mais sólidas dos protagonistas. Só não consegue fazer milagre e tirar a impressão de que a trama do último livro foi esticada para poder render mais dois longas.
Scans
Via: twilighteclipsebr e Meninas Vampiras
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