sexta-feira, junho 4

Entrevista com Xavier Samuel para a revista GQ

Há um ano, Xavier Samuel era outro ator australiano esperando conseguir entrar na América. Agora ele é o rosto do último filme de “Crepúsculo,” “Eclipse.” Nós o colocamos no telefone para falar sobre vampiros.
Xavier, eu sei que você está ligando da Europa. De onde?
Eu estou em um carro preto nas ruas de Berlim.
É assim que você anda?
É assim que eu ando, cara!
Bacana. Você está em Berlim gravando um filme de Roland Emmerich sobre Shakespeare. É o mesmo Roland Emmerich que fez “Independence Day” e “2012”? Por favor, me diga que o Rose Theatre explode no final desse seu filme.
Não, mas há muita tela verde, muitos efeitos especiais. Eles estão realmente recriando a Londres daquela época. Será bem espetacular visualmente. Eu interpreto o Earl de Southampton. Ele é uma das únicas pessoas a quem Shakespeare dedicou o seu trabalho.
Então o Shakespeare é gay nesse filme?
Há muita especulação sobre isso. Historicamente, alguns estudiosos teorizaram que Southampton era amante de Shakespeare. Mas o filme é sobre a autoria das peças – quem realmente as escreveu.
Quem foi, então?
Talvez Earl de Oxford. Nesse filme, Shakespeare era um ator analfabeto que estava colocando o seu nome em peças que ele nem escreveu. É um suspense.


Falando em suspense: Você está no pôster do novo filme de “Crepúsculo”, “Eclipse.” Como isso aconteceu?
Eu fiz a audição de Sidney. Eu gravei uma audição numa fita e enviei.
Atores estão sempre se gravando em fitas. Mas eles nunca realmente conseguem o papel dessa forma!
Eu tenho feito isso por um bom tempo – fazendo essas audições da Austrália e enviando-as para fora. Eu não sei em quais mesas elas vão parar, ou se alguém sequer as assiste. Receber um retorno foi uma surpresa. Eu voei para Vancouver com um “talvez.” Éramos eu e quatro outros caras. E eu estava filmando antes de saber.
Você era um fã da série “Crepúsculo”? Diga a verdade.
Eu assisti ao primeiro filme no avião, no caminho para Vancover. Depois eu fui direto para a livraria.
Engraçado. Você interpreta o Riley, um faminto vampiro recém-nascido causando rebuliço. Revelação completa: eu li o livro e o Riley está apenas em uma página.
Sim. Eu estava folheando o livro, pensando: Onde está o Riley? Ele está reduzido a uma linha. Mas no filme, nós entramos no mundo do Riley e o vemos reunir o seu exército de recém nascidos. É mais cheio de ação. E me dá algo a mais para fazer, ainda bem.
Você inflige muita destruição ao mundo?
Não houve mordida de pescoço. Eu joguei um vampiro num carro queimando. Eu também joguei um tronco enorme com uma mão. O tronco estava preso a um sistema hidráulico. Fez-me parecer realmente forte.
É difícil ser o cara novo numa franquia como essa?
É um pouco como o primeiro dia de aula. Mas eu me senti como parte da família.
A maioria das suas cenas são com a Bryce Dallas Howard – que interpreta a vilã Victoria. Ela também é nova na família “Crepúsculo.” Isso ajudou?
Nós nos conectamos bem cedo. Nós meio que nos demos bem desde o começo, ensaiamos muitas coisas, e falamos sobre esse relacionamento quase do tipo Lady Macbeth.
Você está intelectualizando “Crepúsculo.”
Você viu a referencia a Shakespeare que eu acabei de fazer? [risos] Mas ela o manipula dessa forma.
Eu estou impressionada. Como foi o trabalho em tela verde? Obviamente você não estava lutando contra lobos.
O diretor gritava Ação! E um cara colocava um pau na sua cara. Esse pau é o lobo. Eles não ensinaram isso na escola de teatro. Eu devia estar doente nesse dia.
Última pergunta: você é um dos muitos australianos trabalhando em Hollywood. Vocês todos se conhecem?
Nós fazemos cultos à meia noite, em algum lugar próximo a placa de Hollywood.
Tradução: Bianca Chiesa//Portal Twilight

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