sexta-feira, dezembro 30

Crítica De Immortals Com Kellan Lutz

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“Imortais”, que estreia no País em cópias 2D e 3D, parece mais um desfile de escola de samba com o tema da mitologia grega do que propriamente um filme. Estão lá praticamente todos os elementos que fizeram de “300″ (2006) um carnaval em Esparta: fantasias espalhafatosas, centenas de figurantes em cenas de batalhas e um samba do grego doido como enredo – agora localizado em outra região da Grécia.
Dirigido pelo indiano Tarsem Singh (“A Cela”), todo o empenho de “Imortais” está no visual. Figurinos que não fariam feio na Sapucaí, corpos esculturais e filosofadas – muita filosofada em cima da mitologia grega – dão a medida do filme.
Não é preciso lembrar-se das aulas de História Antiga para perceber que a trama é mais sem pé nem cabeça do que algumas estátuas gregas . Há um herói, Teseu (Henry Cavill, que no próximo ano será visto como o novo Super-Homem), uma sacerdotisa (Frieda Pinto, de “Você Vai Conhecer o Homem dos seus Sonhos”), um rei maligno (Mickey Rourke, de “Os Mercenários”) e deuses irados (John Hurt e Luke Evans são duas versões do mesmo Zeus). Todos brigam – mas não pergunte a razão.
Eles se encontram em alguma ilha da Grécia antiga em algum período a.C. – quando era possível cultuar os mais diversos deuses, conforme a necessidade do momento. Fora isso, não há muito que faça sentido, ou que valha o esforço de concentração para entender “Imortais”.

Há também prisioneiros escravizados – o que inclui Stephen Dorff, que parecia ter se reencontrado em “Um Lugar Qualquer”, mas derrapa novamente aqui – e uma série de atitudes misóginas, especialmente vindas do Rei Hiperion, que quer conquistar o mundo. Para isso, liberará os Titãs, seres aprisionados que lutam feito ninjas. Já o Minotauro parece qualquer coisa menos o ser mitológico que todos conhecemos. No fundo, a única coisa que “Imortais” pega da mitologia grega são os nomes dos personagens.
“Imortais” situa-se em algum lugar entre o remake de “A Fúria de Titãs” e “Conan, o Bárbaro”. É difícil dizer, no entanto, exatamente onde o filme se coloca, porque a distância que separa aquelas duas produções é muito pequena. Não espere cabeças gigantescas de estátuas falantes – não seria uma má ideia – nem um herói carismático. Teseu é chato, Hiperion é misógino (“A semente de um homem pode ser sua arma mais mortal”, diz ele).
(Alysson Oliveira, do Cineweb)
* As opiniões expressas são responsabilidade do Cineweb

Fonte: G1 Via: Foforks



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