Sem nenhum medo da luz do dia, Robert Pattinson agora joga em uma nova divisão: No Cosmópolis de David Cronenberg ele não mostra mais os seus dentes, mas revela muito mais pele e uma personalidade interesante. Ele falou com a SKIP sobre festivais e a crise financeira.
Você era um vampiro em Twilight e um treinador de animais em Água para Elefantes, mas o especulador financeiro de Cosmópolis é definitivamente seu papel mais estranho até agora. O que seus fãs irão pensar?
É claro, Cosmópolis é muito diferente, mas se um entre cem abstrair algo disso, eu estarei feliz. Para mim, o cinema é mais do que apenas entretenimento.
Recentemente você disse que não gostaria de fazer filmes para adolescentes nunca mais.
Eu fui mal interpretado. Digo, a grande porcentagem das pessoas que vão ao cinema são os jovens. Seria insano dizer que eu não quero mais fazer filmes para eles. Às vezes é simplesmente mais difícil fazer filmes que são restringidos pela classificação da MPAA Americana. Tudo que envolve sexo é censurado na hora, enquanto a violência é muito mais aceita. Isso é completamente insano! Eu não acho que haja algo particularmente ruim em Cosmópolis. Eu não ficaria chocado com nenhuma cena se tivesse 13 anos. E se você pensar nisso, hoje em dia todo adolescente está assistindo alguma pornografia cabeluda na internet, isso coloca tudo em uma outra perspectiva.
Tavez seja o fato de existir muito diálogo em Cosmópolis que assuste os jovens.
Exato (risos)! E os pais vão reclamar: “Hey! Eu não quero meus filhos sendo confrontados com tantas palavras ao mesmo tempo!”
Qual o seu momento favorito no último ano?
Ser convidado para Cannes com Cosmópolis. Eu tenho sonhado em ser convidado há dez anos ou mais, para competir aqui. Durante todos esses anos de Twilight eu tenho sido perguntado “Você tem medo de ser rotulado como o ator do vampiro adolescente? Você tem medo de nunca conseguir outro trabalho?” E agora, meu primeiro trabalho depois de Twilight me leva para Cannes.
Eric Packer, que você interpreta em Cosmópolis, é um personagem muito estranho.
Sim, mas logo no começo eu achei algo que fez com que eu me identificasse com ele. É engraçado, todos ficam dizendo que este filme é sobre a crise financeira. Mas eu estava mais fascinado com o estranho tipo de humor, e isso é quase lírico. Eu gostei da estrutura das frases, elas soam quase que instintivamente certas.
Qual sua fala favorita?
“O que você está cheirando são minhas bolas” (risos). Mas tem outras que é melhor eu não citar agora (risinhos). É estranho ver como as pessoas não sabem realmente se devem rir em certas cenas ou não. Cosmópolis é um desses filmes onde você se sente totalmente fora de sintonia se não prestar atenção desde o começo. Eu pessoalmente acho que o filme é hilariantemente engraçado. Algumas das coisas que Paul Giamatti diz são realmente brilhantes: “Eu estou experimentando atuamente meu ataque de pânico coreano” ou “Eu acho que meu órgão sexual está se retraindo para dentro do meu corpo agora.” (risos)
Então você riu muito no set?
Sim, todo o tempo! Por exemplo, durante a cena em que eu choro e digo “minha próstata é assimétrica”, é tão absurdo que algo assim faça parte de um filme, é ridiculamente brilhante.
A forma como você analisa os papéis mudou agora?
Certamente, eu estou mais velho e mais confiante. Eu sempre tinha medo de que nunca teria papéis como este sendo oferecidos a mim. E ser convidado para Cannes além de tudo, você de repente começa a se ver como um ator. Digo, uau eu posso realmente fazer filmes legais (risos)! Eu assinei recentemente para fazer alguns papéis que há cerca de um ano eu jamais sonharia em fazer. Em um deles eu farei um soldado que estava presente no dia em que prenderam Saddam Hussein. Para me preparar eu passei algum tempo com o cara e é claro que é muito importante para ele que eu faça tudo certo. Isso é muita pressão mas eu gosto desse jeito!
fonte: robpattinsonlife via barnesgonzo e Foforks
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