sábado, junho 2

Entrevista Traduzida De Kristen Stewart Para A Interview Magazine

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Curiosamente, há uma forma em que Charlize Theron tem menos experiência do que Kristen Stewart. Com a experiência de Crepúsculo (2008) atrás dela – Lua Nova (2009), Eclipse (2010), Amanhecer Parte 1 (2011), e esse ano Amanhecer Parte – 2 – Stewart de 22 anos tem chamado a atenção nos maiores filmes-fenômenos mais vezes do que Theron. Em sua maior parte Theron, 36 anos, está satisfeita consigo mesma em perseguir projectos que questionam a maneira como as mulheres são definidas, e a maneira a qual elas lutam constantemente a opressão nestes papéis.
Essas partes tem variado desde seu papel mais recente no filme de Jason Reitman, Young Adult, uma avalanche de temas dinâmicos que incluem o reestabelecimento arriscado de sua carreira no filme de Patty Jenkins, Monster (2003), que lhe deu um Oscar de melhor atriz, e o filme de Niki Caro, North Country (2005), dando-lhe uma nomeação, bem como o seu papel como Britt Ekland no filme da HBO de 2004, The Life and Death of Peter Sellers, pelo qual ela foi indicada para o Emmy de melhor atriz coadjuvante. Mesmo o papel princial de Theron no filme de Karyn Kusama, Aeon Flux (2005) inclui interpretar um personagem que existe, simultaneamente, como um personagem, assim como um comentário sobre as mulheres em filmes de gênero.
O interesse Stewart na atuação séria lhe deu algo em comum com Theron – e como Theron, grande parte de seu trabalho mais provocativo tem vindo através do trabalho com mulheres. Para Theron foi Monster, do escritor-diretor Jenkins. Mas a história de Stewart em trabalhar com uma equipe de mulheres se estende ao longo de sua carreira, incluindo sua atuação aos 10 anos em seu primeiro filme, o filme de Rose Troche, The Safety of Objects (2001), assim com também sendo co-estrela de Jodie Foster (que é claramente um modelo a seguirl )no filme de David Fincher, Panic Room (2002), depois sendo eleita no primeiro filme de Crepúsculo dirigido por Catherine Hardwicke, e sua extraordinária volta como a roqueira Joan Jett no filme independente garota-épica de Floria Sigismondi, de The Runaways (2010).
Stewart e Jett chegaram a se conhecer durante as filmagens de The Runaways, e, como Foster, a influência de Jett em Stewart é palpável. (Stewart ficou surpresa quando a contei a história sobre o filme de Paul Schrader, Light of Day (1987) no qual Jett foi co-starrela de Michael J. Fox; o título original do filme era Born in the USA, o qual Bruce Springsteen gostou tanto que perguntou a Schrader se ele poderia usar fazer uma música ao diretor em troca.
O aguardado Branca de Neve e o Caçador, uma adaptação de armadura prateada do clássico conto de fadas interpretado por Rupert Sanders (pela primeira vez com a função de diretor), transforma o personagem e a maçã florecida de Branca de Neve em uma espécie de romance de Robert E. Howard, e representa uma para ambas, Theron e Stewart.
Theron diz que estava intrigada com a demanda psicológica que incluía interpretar a complicada Rainha Ravenna, e a atuação de Stewart como Branca de Neve, a mais bela de todas, em seu primeiro papel de heroína de ação literalmente a manteve em constante movimento. Mas ambas as mulheres gostam de ser postas à prova, sobre trabalhar em diálogos. Tenho o prazer de dizer que a recompensa com ambas – falei com elas separadamente; pessoalmente com Stewart, e por telefone com Theron – e elas riem muito, o que torna a conversa com elas mais agradável.
ELVIS MITCHELL: Vendo os filmes em que você trabalhou, algo que me chama a atenção é que você tem trabalhado com muitas mulheres – e muitas diretoras também.
KRISTEN STEWART: Sim algumas, sim, o que é raro. É difícil generalizar sobre esse tema porque as mulheres com que tenho trabalhado têm sido muito diferentes. Mas se há alguma consistência, poderia ser que você tem que manter a si mesmo de maneira diferente em um set. As mulheres podem ser mais emocionais – ao menos algumas vezes a demonstraram mais.
MITCHELL: De que maneira?
STEWART: Você sabe, com as equipes da indústria cinematográfica, há uma estranha mistura entre uma abordagem de trabalho muito técnica e uma muito artistística, e algumas vezes como mulher você tem que ser um pouco mais cuidadosa sobre as coisas que saem porque as pessoas realmente não querem escutar se está em um certo tom emocional muito forte.
MITCHELL: É muito diretamente emocional?
Stewart: Sim, se esta conduzindo a uma emoção direta. Quero dizer, é essa coisa estranha que eu sempre sinto que tenho que me avaliar, como, ” Não venha não muito forte porque você não sair com as suas.” É como se você tem que ter muito tato na forma como você faz as coisas. Mas mais do que qualquer coisa nas discussões do grupo nada disso surge. Nas conversas pessoais entre diretor e ator, os diretores homens com quem já trabalhei são muito emocionais. Talvez seja por que eu tive que começar a ter conversas muito íntimas com homens adultos em uma idade muito jovem a fim de conseguir o emprego, mas estou muito confortável com os caras (diretores). Quero dizer, nós empurramos os limites neste negócio em termos de conhecer pessoas. Há coisas que os diretores sabem sobre mim que as pessoas não deveriam saber. Mas todos são muito diferentes. Eu tenho trabalhado com mulheres que eu nunca quis falar nada sobre mim, e eu trabalhei com os caras que são muito sentimentais. Assim, a disponibilidade emocional não é uma coisa específica do gênero.
MITCHELL: Quando foi a primeira vez que você se lembra de ter trabalhado com uma mulher com quem você se conectou instantaneamente?
Stewart: Bem, Jodie [Foster, com quem Stewart trabalhou no filme de David Fincher Panic Room, 2002]. Mas de fato, a primeira pessoa a me contratar para um filme foi uma mulher: Rose Troche, que dirigiu The Safety of Objects [2001].
MITCHELL: Você era uma criança quando você fez esse filme.
Stewart: Sim, eu tinha 10 anos. Foi o primeiro papel que eu tive. Eu estava desistindo da audição. Eu não estava recebendo nada e achei que simplesmente não valia a pena. Mas essa foi a primeira vez eu tive uma audição onde de cara senti algo. Lembro-me de olhar para cima, e havia uma câmera, porque estava sendo filmado, e olhei para Rose, e eu soube imediatamente que tinha conseguido o papel sem ela dizer nada.
MITCHELL: Só pela forma como ela estava olhando?
Stewart: Sim, totalmente. E então nós sentamos e conversamos sobre o papel, e como era um papel raro para que um jovem interpretasse, como ser confundida com um menino – o personagem de Tim Olyphant vê algo em meu personagem que o lembra de seu irmão que morreu.
Mas Rose era muito sensível sobre isso e eu era como, “Não, isso é bom. Eu totalmente me vejo como um menino! Funciona completamente para mim!” Ela estava como, “Perfeito. Não vou ter que ser delicada com ela.” É interessante agora que eu já trabalhei com crianças também. Com crianças, é como, você pode ver algumas das coisas que eles não estão conscientes ainda, apesar de que eles os tem quando crescem. Eu posso ver totalmente como todas essas mulheres foram como, “Oh, esta criança gosta. Ela não só está aqui pelos números (dinheiro).” Mas eu não teria feito as coisas do jeito que eu estava só estava pretendendo em Safety of Objects. Não sou uma artista. Especialmente quando eu era mais jovem, não era o tipo de garota que você coloca em um show. Atuaar era realmente apenas sobre ter certas experiências.
MITCHELL: Você sentiu naquele momento que as pessoas te tratavam como uma menina e não alguém que realmente queria estar ali?

Stewart: Sim. E com razão. Mas não é como se eu estivesse chateada com a maneira como estava sendo tratada. Eu só queria muito estar envolvida…
MITCHELL: The Safety of Objects é um filme de orientação feminina, também, que cobre histórias das mulheres e seus pontos de vista.
Stewart: É. Embora seja estranho falar sobre tudo de mulheres – especialmente agora com Branca de Neve, Charlize, e tudo mais. Eu tenho essa aversão estranha para as pessoas que são como, “É um lindo e forte filme feminino. É muito forte, você está fazendo coisas assim?” Perguntam-me constantemente.
MITCHELL: Sério?
Stewart: Sim. Todo mundo é como, “Todos os papéis que você escolhe – todos têm uma espécie de gosto (todos eles tem algum tipo de gosto).” E realmente, é algo casual. É quase como você estivesse desacreditando dizendo: “Garota forte, faota forte.” é como, “Ela é apenas uma pessoa forte”. Sim, toda a questão das mulheres… Não sei muito bem como abordar. Estes personagens são apenas pessoas.
MITCHELL: Então, você viu em Branca de Neve, e como esse personagem vive no papel para você que faz você querer tentar trazer essas qualidades para a tela?
STEWART: Há muito do que Branca de Neve é escondido, em termos de ter tempo suficiente para desenvolver e aguçar quem é. Ela é colocada em uma cela no início de sua vida, então é uma pessoa em mal desenvolvimento. Ela tem um conceito muito idealizado do que é o mundo, como as pessoas deveriam viver, e como as coisas podem ser maravilhosas, e isso é esse isolamento debilitante que ela sente por ter estado trancada em uma cela pequena por 7 anos. E eu gosto que eu me relacione com isso. Há algo… não é a razão pela qual eu quis fazer o filme, mas as pessoas e os fãs que amam Crepúsculo, eles te colocam nesta classe de planos diferentes onde você não é real.
MITCHELL: Você se torna uma espécie de ideal.
STEWART: Exatamente. É como se você não existisse. E Branca de Neve não existe. Assim é como ela começa na história – ela é apenas uma falsa esperança. Ela tampouco acredita em destino. É como se, como você pode derrotar algo que destruiu todos esses o corações das pessoas e suas casas Como isso poderia ser possível para uma garota? E é só sobre o coração. Queria me unir a ela porque, a razão que eu queria fazer este filme foi que eu queria ser como, “Sei que dói, mas é o seu fardo, e eu estou atrás de você.” Temos também uma rainha puramente má. Não é como Ravenna carecessem completamente de humanidade. É só que ela não é apenas capaz de ser totalmente humana. Então, o que também amei sobre isso foi que tivemos dois pólos opostos onde o bom derrota o mal só porque é melhor. É só que nos momentos difíceis, você tem que ter força no coração. Não pode ser um bastardo egoísta. Algumas pessoas vão se machucar, mas é preciso garantir que todos prosperem.
MITCHELL: Então é sua oportunidade de ser Joana d’Arc.
STEWART: [risos] Ela é absolutamente Joana d’Arc.
MITCHELL: Como você interpreta alguém que tem essa espécie de força de vida?
Stewart: O difícil é que você não pode ter o efeito de Branca de Neve nas pessoas. Eu não posso ter essa luz sobrenatural que afeta instantaneamente aqueles que estão ao meu redor. Havia coisas que eu tinha de acreditar, embora às vezes fosse difícil. Mas fiz isso porque a parte fantástica disso foi bem escrita. Você sabe, quando você conhece as pessoas na vida, você vai como, “Wow, você tem essa energia…” Isto é algo como uma versão ampliada disso.
MITCHELL: Você vê as pessoas em filmes como estes o tempo todo, com esse tipo de qualidade que às vezes são maiores do que todos ao seu redor. Você se baseou nos filmes como uma espécie de preparo para isso? Ou tentou fazer uma versão da vida real de alguém que você conhece que tinha esse tipo de qualidade?
STEWART: Eu não pensei em uma pessoa específica… Quero dizer, ela é muito maternal. Sinto que muitas mães têm o efeito que Branca de Neve tem sobre as pessoas.
MITCHELL: Sua própria mãe, em certo ponto?
Stewart: Sim, definitivamente – algumas vezes. Minha mãe é uma mulher dura. [Ambos riem] Mas comigo, ela definitivamente é muito maternal. Eu acho que qualquer um que estava envolvido no projeto provavelmente teve o mesmo sentimento sobre a história que o diretor Rupert [Sanders] e eu fizemos, e que é, se você acredita o suficiente nela, você começa a ser capaz de convencer a si mesmo de coisas que nunca poderiam ser reais. Mas é a mesma luta para Branca de Neve também, porque ela realmente não acredita no seu próprio efeito sobre as pessoas.
MITCHELL: Quais foram as suas conversas como com Rupert, que está basicamente construindo essa enorme cidade desde do zero? É muita confiança para colocar em alguém que, literalmente, não fez um filme como este antes.
Stewart: Bem, uma grande coisa que Rupert fez como diretor foi me colocar em um ambiente que me fez sentir muito real e tudo o que eu tinha que fazer era viver lá. Nada nunca apreceu falso – até o em minha frente. Com algumas coisas em um filme de fantasia, onde você está na frente de telas verdes e outras coisas, você tem que ter uma imaginação muito confiável. Você não pode estar inseguro ou ter isso como um chute que faz você ficar como: “Isso é estúpido.” E para o crédito de Rupert, raramente foi como, “Sério? O que estamos fazendo aqui?” Você sabe, Branca de Neve não fala muito, e o filme é tão louco com coisas acontecente muito rápido que quem você é não se define em uma linha ou uma cena. Era algo que eu precisávamos encontrar nas entrelinhas – e foi um pouco assustador até o último dia.
MITCHELL: Era parte mais fácil de fazer pelo fato ser um filme é fisicamente exigente. Isso te ajudou?
Stewart: Sim, eu acho que realmente ajudou a definir o personagem de muitas maneiras. Eu gosto de não ter que fingir, porque nos escritos originais do roteiro, Branca de Neve se torna este tipo de ninja que só era capaz de, como, abatar este homem na armadura no alto, o que nunca iria acontecer. Queríamos que tudo fosse como: “Oh, droga. Ela quase fez.” Alguém do meu tamanho não poderia ir para a guerra com homens e voltar viva só com um arranhão. Isso nunca acontece.
MITCHELL: [risos] Nunca ouvir chamarem de ‘Uma guerra de homens’
STEWART: Uma guerra de homens
MITCHELL: Eu acho que deveria ser o próximo filme… [Stewart ri] Conte-me sobre Charlize
STEWART: Ela é como nada que eu já encontrei. Ela é uma daquelas pessoas que andam em uma sala e todos mundo sabe.
MITCHELL: Ela é uma estrela de cinema.
STEWART: Ela é uma puta estrela de cinema. É muito engraçado também porque ela sempre diz: “Eu não sou realmente uma atriz.” Mas eu sou como, “Sim, para nada.” [Risos] Ela é uma atriz e uma intérprete.
Mitchell: É engraçado você mencionar isso, porque ela me disse a mesma coisa.
Stewart: Bem, eu acho que foi a atriz nela. Eu acho que ela ama ser atriz e é tão certo que ela não pode reconhecer tudo o que é capaz. Mas ela é tão real o tempo todo. Ela está muito mais no controle de seus assuntos.
MITCHELL: Quanto disso é como você?
STEWART: Depende. Algumas coisas vem muito fácil, e só explodem fora de você, e então, assim que eles dizem “corte” é fácil tomar um fôlego brincar ao redor. Mas há algumas coisas que eu preciso mais de pré-ambulo, só me convencer de que estou fazendo. Mas Carlize e tenho as mesmas abordagens. Tivemos apenas um par de dias juntas, mas ambas estamos absolutamente dispostas a lastimarmos para fazer o que é preciso para ter o sentimento certo, e nem todos os atores são assim. Muitos atores gostam de estar muito confortáveis.
MITCHELL: Isso é parte de tornar real para si mesma – ter um desconforto?
Stewart: Sim, definitivamente.
MITCHELL: Com On the Road, você está interpretando uma pessoa real, Luanne Henderson [a inspiração do personagem de Stewart, Marylou], mas pelo menos você teve o filtro da interpretação de Jack Kerouac, então você está interpretando alguém baseado na versão dele.
STEWART: Mas nós fomos privados de muito mais. A versão de Walter Salles de On the Road é realmente uma mistura entre o romance On the Road e a versão do texto que Kerouac escreveu, o qual é diferente, e a história toda. Nós usamos muito do que aconteceu fora das páginas de On the Road, e por isso, eu acho que os personagens femininos mudaram muito – começam a funcionar como algo mais do que brinquedos. Foi muito mais fácil de interpretar o papel comparado com apenas ler o livro e ir como: “Uau! Essa garota não se importa com nada. Ela é apenas um tipo de sociopata”
MITCHELL: Por que você leu o livro, e o principal do livro é “A quem posso usar? E como posso usar essa pessoa que está justamente em minha frente agora?”
STEWART: Completamente. Luanne estava bem ciente disso. Ela é dura. Ela está na defensiva às vezes, mas ela é realmente brilhante. Escutamos por horas a gravação dela, e ouvir a sua perspectiva, tornou mais fácil.
MITCHELL: Há uma fome de verdade em muitas dessas mulheres jovens que você tem interpretado – esse apetite por algo.
Stewart: Isso é totalmente certo. Eu acho, pensava que havia um nicho que as pessoas estão tratando de preencher agora para o público feminino. As mulheres quer que outras mulheres sejam fortes, então há muitos roteiros que são basicamente parte de homens que mudam seus nomes pelos das mulheres. É como, “Isso não é uma mulher. Essa não é a força de uma mulher. Isso é apenas uma mulher tentando imitar um homem.”
MITCHELL: Porque a maioria desses roteiros foram escritos por homens. Mas muitas mulheres jovens que assistem a seus filmes parecem interessadas ​​em você de uma maneira que provavelmente não estão muito com outras pessoas.
STEWART: Eu acho que há algumas pessoas assim. Se eu não sou uma delas, então é emocionante, é raro, isso é legal. Espero continuar assim.
Mitchell: É estranho para você?
Stewart: Bem, obviamente, é o que todos nós esperamos. Mas eu não conseguia me imaginar fazendo um projeto com a idéia de como ele vai afetar as pessoas. Realmente primeiro tem que afetar a você, e se isso acontecer, então isso pode afetar os outros… Eu acho que há pessoas que não escolheram claramente as coisas para se tornar atrizes famosas. Estçao claramente escolhendo coisas para fazer dinheiro. Quer dizer, eu amo L.A. – Eu amo morar aqui. Mas eu gostaria que pudéssemos fazer as coisas sem a necessidade de bater um home run de cada vez. É algo único para Hollywood que, se você não faz isso o tempo todo, você é considerado um fracasso. Mas é como, “Bem, você está fazendo filmes para ser bem sucedido? Ou você está fazendo filmes para aprender algo?” E isso começa com as decisões das pessoas. Faz sentido, porque é difícil ter sucesso em Hollywood sem analisar que é o seu caminho e como as pessoas vão percebê-lo. Mas eu não tenho. Simplesmente tive muita sorte.
MITCHELL: Isso é uma parte do sucesso: descobrir o que significa sucesso para você.
STEWART: Me sinto extremamente bem-sucedida e não apenas porque eu posso colocar luz verde para um filme agora. É porque realmente eu só trabalhei com pessoas que realmente amo, e eu só tive más experiências com um ou dois diretores.
MITCHELL: O que foi ruim sobre essas experiências?
STEWART: Eu acho que sempre irrita as pessoas não estar lá pelas razões certas, e não estar lá, pelas mesmas razões. É um milagre quando as coisas vêm junto. Mas às vezes não acontece, e quando isso não acontece, ainda assim você tem que terminar o filme. [Risos]
MITCHELL: Como você consegue passar por isso quando isso acontece?
STEWART: Ele só torna mais difícil, mais ingrato o trabalho. Você se econtra ocasionalmete tendo que mentir… o que é uma m***a. Eu odeio isso.
MITCHELL: Você quer dizer, mentir para si mesma só para passar por isso?
STEWART:. Existem alguns momentos que você pensava que ia ser de uma certa forma, e porque mudou, você não é e já não é o personagem – não é nada. Você está – literamente – sendo um ator – você está mentindo e é isso que eu não gosto de fazer. Quando você olha para trás, para o filme, esses momentos, por vezes, vêm ao longo do filme. Mas acredito que a forma como eu abordo as coisas tem algo a ver com eu crescer e ver meus pais trabalhando todos os dias. Você sabe, minha mãe é uma supervisora ​de script. É como o negócio da família. Nunca tive esse sentimento de entretenimento. Era mais como, “Hey, é apenas um filme”, ​com essa mentalidade, a qual é, “Nós fizemos isso antes e podemos fazê-lo novamente.”
MITCHELL: Então ter visto seus pais fazerem o que fazem, você teve a a ideia de, “Quero ser parte disso, mas não pelas razões pelas quais eles estão fazendo”?
Stewart: Bem, agora minha mãe de fato escreveu e dirigiu um filme, por isso a sua abordagem a tudo isso mudou muito rapidamente. [Risos] Mas eu fui figurante algumas vezes, e pensei que foi divertido – era algo que fazia quando saia da escola. E quando comecei a fazer testes pela primeira vez, como eu disse, eu não tinha nada por um longo tempo, então quando eu finalmente consegui The Safety of Objects, era como se eu descobrisse algo. Foi uma experiência que eu senti alguma coisa, e obtive o papel, então foi como, “Bem, acho que é assim que você consegue um papel.” Quero dizer, parece óbvio para todos os atores. Sim, é claro que você tem que sentir. Mas não é tão óbvio para alguém tão jovem.
MITCHELL: Parece que a cada ano você tem estas duas diferentes “filmagens” entre os grandes filmes que você faz como Crepúsculo e os pequenos que você tem feito. Lembro-me de um par de anos atrás, quando você teve ambos, Welcome to the Rileys [2010] e The Runaways em Sundance.
Stewart: Sim, eu acho que foi Crepúsculo, Welcome to the Rileys, Lua Nova, The Runaways, em seguida, Eclipse, então foi como um desses filmes entre cada filme de Crepúsculo.
MITCHELL: Isso foi apenas para lembrar a ti mesma o por quê de querer fazer isso?
STEWART: Acontece que, tive tempo suficiente para ser capaz de assumir outros papeis entre os filmes de Crepúsculo. Mas não foi sobre provar às pessoas que eu tenho algo mais para dar.
MITCHELL: Com um filme como Welcome to the Rileys, eu me pergunto como você se distancia do personagem. [No filme, Stewart interpreta Mallory, uma stripper adolescente que desenvolve uma amizade com um homem, interpretado por James Gandolfini, no qual seu casamento está desmoronando enquanto se lamenta sobre a morte de sua filha.]
STEWART: Interpretar um personagem como Mallory é difícil. Não por desacreditar a situação ou a vida pessoal de ninguém, mas há tantos exemplos de meninas, e um filme pode facilmente tornar-se quase um resumo clínico do que leva alguém para uma determinada posição. É difícil interpretar um papel assim por que você quer que todos os que estão nessa posição estejam como, “Sim, quero dizer, é assim que acontece…” A lástima é uma coisa muito estranha com mulheres que são abusadas. Você não quer que ninguém pense que você se sente mal, embora possa estar. Portanto, é interessante interpretar esse papel e trabalhar com James. Fui para Nova Orleans para fazer o filme e vivi sozinha e caminhei ao redor da cidade. Mas me afastar desse personagem… provavelmente não foi por completo, mas por um primeiro mometo pode ser que depois, estava muito sensível de uma maneira que meu personagem jamais estaria. Estava muito protetora das meninas, e do sexo em geral.
MITCHELL: Depois de ver sua interpretação em The Runaways, onde você interpreta essa garota que está tentando descobrir o que eles querem, enquanto outras pessoas são forçadas a se tornar outra pessoa – me parece que são papeis emelhantes no sentido de que as duas meninas estão procurando uma espécie de família, mas ao mesmo tempo, ambas são incrivelmente desconfiadas da maioria das pessoas. E no caso de The Runaways, você está interpretando um personagem baseado em uma pessoa real, também, Joan Jett.
Stewart: E Joan é alguém que é muito protetora. Quero dizer, Joan está coberto em armadura.
MITCHELL: Ela até mesmo usou o cabelo como um capacete. Ela é alguém que sabia que era uma artista, mas ao mesmo tempo, estava sendo tratado como uma mercadoria.
STEWART: Mas acho que é genial deixar algum lugar onde você é empurrada para este molde e então você descobre quem você é. Talvez ela não tivesse descoberto exatamente quem era se não tivesse sido forçadoaa algo mais e lutado contra.
MITCHELL: Parece que Joan seria outro hábito difícil de desfazer.
STEWART: Foi. Fui fazer Eclipse logo depois, e eu acho que o diretor do filme provavelmente disse a outro membro do elenco que eu tinha que tirar Joan Jett de mim. [Mitchell ri] Por um tempo, andei encurvada. Joan tem grandes ferramentas defensivas, e eu fiquei um pouco presa a elas.
MITCHELL: Como quais?
STEWART: Só o jeito que ela lida com as pessoas. Acho que estávamos promovendo Lua Nova, justo quando havia terminado The Runaways, e eu lembro de ter ido para a Comic-Con com uma camisa Minor Threat. Estava muito feliz e animada em estar ali, mas estava muito defensiva e louca. [Risos] É difícil lidar com a imprensa. Há sempre muitas perguntas importantes e opiniões. Claro, nosso trabalho é criativo, e subjetivo. Mas eu estava tomando meu lado Joan Jett. Nós estávamos fazendo entrevistas e disse coisas erradas, e Joan tem essa capacidade louca para calar a boca e olhar como: “Bem, acabei. Nos vemos depois.” Foi muito… Eu não sou assim, mas… eu fui naquele momento.
MITCHELL: The Runaways, no entanto, deve ter chegado em um momento interessante, porque naquele momento as pessoas ainda não tinha certas expectativas de você. Sente que isso lhe deu uma perspectiva do que você não teria se tivesse feito o filme antes de Crepúsculo?
STEWART: Oh, sim. O frenesi que estávamos atuando no filme foi interessante porque eu tinha experimentado com o sucesso único de Crepúsculo, onde as pessoas vão absolutamente ter uma crise-no-chão-chorando na sua frente. Então essa coisa de ter as pessoas querendo entrar… Joan era muito protetora comigo em relação aos paparazzi. Eles estavam rodeando nosso set como loucos. Ela estava muito preocupada e emocional sobre isso, e eu estava tipo, “Está bem. Estou bem.” Mas isso a incomodava muito. Chegamos a nos conhecer muito bem, então ela sabia que eu não era o tipo de pessoa, embora muitos pensam de mim assim, que não se importa. As pessoas pensam que eu sou intocável, e isso também se traduziu em uma grande quantidade de pessoas que pensam que eu sou super-ingrata.
MITCHELL: De onde vem isso?
STEWART: Eu acho que as pessoas estão acostumadas a ver atores sendo abertos e se dando desesperadamente e enquanto eu faço isso em um set de um filme tanto quanto eu posso, é muito pouco natural para mim fazer na TV, em entrevistas, coisas desse tipo. Nem eu acho que o meu processo como um ator é realmente problema de outra pessoa. Muitos atores se sentem dessa forma. Quer dizer, há essa frase surpreendente onde Joanne Woodward diz: “Atuar é como sexo: você deve fazer, não falar sobre isso.”
MITCHELL: As pessoas falam sobre sexo o tempo todo agora.
STEWART: Oh, eu sei. [Risos], Mas realmente falam sobre isso pessoalmente?
MITCHELL: Eles vendem. Quero dizer, algumas pessoas têm se tornado famoso por ter vídeos de sexo de si mesmos. Não se pode ser mais direto sobre isso que, “Aqui, eu estou fazendo sexo …”
Stewart: Sim, mas estão mentindo enquanto o vídeo está sendo feito. A atuação, é em si uma mentira. Você está fingindo algo. A menina está mentindo ali, está fingindo não saber que a câmera está ligada, está tendo relações sexuais relações sexuais e “acidentalmente” salva o vídeo? Essa é uma tática para se tornar famoso – não se trata de sexo. Não é como quando Madonna fez seu livro sobre sexo, e era um trabalho artístico onde ela reconheceu ele, e falour sobre ele e estava muito à frente disso. É diferente. Isto não é estar à frente. Não é ser honesto. É uma tática para se tornar famoso.
MITCHELL: Faz você se perguntar o que Joanne Woodward faria hoje em dia se ela apenas começara.
STEWART: Ela provavelmente seria como eu. Há muitos outros atores também que fazem isso porque tem que [fazer].
MITCHELL: Você tem que?
Stewart: Sim, você tem que.
MITCHELL: Há algo que te leva a fazer?
STEWART: Oh, definitivamente. Eu acho que existem muitos atores que estão atuando por que tem um impulso de fazer e não pode ignorar. Mas o que eu realmente quero dizer é que eles fazem entrevistas que eles têm que fazer. É um bom negócio: Se eu posso fazer esse papel, então vou vender. Eu só desejo que não seja eu, que tenho que fazer isso que se sente pouco natural.
MITCHELL: Você não gosta de falar sobre o processo de filmagem?
Stewart: Não, se eu gostar – eu adoro sentar e ter conversas reais. Mas não faço isso (som mordida), seja franca, não divertida. Estou preocupada… sei que os julgamentos das pessoas são rápidos, e em uma fração de segundo você está arruinado.
MITCHELL: Sério? Tendo feito isso por tanto tempo como você tem, você ainda sente que as pessoas têm essa expectativa (som mordida) de você, e que, portanto, você não pode fazer ou não quer fazer?
STEWART: Eu não posso fazer. Não é que eu lute contra o desejo de ser facilmente consumível. É só que eu coloco muito peso sobre o que eu faço, e você e eu podemos falar mutuamente de certa forma assim é como as pessoas interagem, mas realmente não gosto de falar para o mundo inteiro. As pessoas cultivam essas personalidades completamente formadas. Eu fiz entrevistas com atores que eu já trabalheique eu realmente gosto, e eu fico tipo, “Wow, olhe para você. Você está apenas continuando… nem sequer sabe o que está dizendo!” Depois você vê a entrevista mais tarde, e eles não disseram muito realmente, mas é interessante, engraçado e maravilloso. Enquanto eu sento aqui e parçeo um pouco séria, e assim que isso acontece você está desconfortável e não quer olhar. Também é estranho falar sobre os projetos de atuação que você está muito neles. Prefiro escrever em papel e enviá-lo para todos via e-mail. [Risos] É muita coisa para pensar no Jay Leno.
MITCHELL: Bem, no contexto de algo como The Tonight Show, as pessoas estão esperando que você seja aquela coisa que você não quer ser: uma intérprete. Mas ao mesmo tempo, há um aspecto de interpretação para o que você faz. Você vê a ironia nisso, certo?
Stewart: Sim, mas o aspecto da interpretação acontece no set para mim. A razão de eu escolher as coisas é que eu penso no personagem como se existisse. Assim, no set, é mais sobre: “Oh, cara, eu tenho que fazer justiça.” Não se trata de decepcionar ninguém.
Mitchell: É muita pressão para colocar em si mesmo.
Stewart: Sim, mas eu quero dizer, é a única razão para fazê-lo.
MITCHELL: Você gosta da pressão?
Stewart: Sim. Não ssei porque alguém quer fazer o trabalho sem um pressão.
MITCHELL: Eu sei que é óbvio para dizer, mas você deve ter isso o tempo todo (a pressão), onde as pessoas vêm para você e dizem que não é nada como os personagens que você interpreta.
Stewart: Sim, também dizem o contrário muitas vezes.
MITCHELL: Sério?
Stewart: Sim, muitas vezes, me dizem: “Você não quer fazer algo diferente, um pouco fora de sua zona de conforto? Você sempre interpreta essas mulheres visionárias, fortes, sinceras”. Mas eu sou como, “Você está brincando?” Se você der uma olhada em filmes recentes que fiz, toda a luta é para chegar a esse ponto, portanto, não é algo que você tem facilmente… Mas está bem. Não me incomoda. O fiz muito bem até agora.
MITCHELL: Eu acho que você está indo bem. [Risos]
STEWART: Vamos ver se eu posso ficar aqui sozinho e não ser jogado na piscina.

Fonte: Interview Via

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