Grandes coisas acontecem nesse penúltimo lançamento da Saga Twiligth: Bella e Edward se casam, ela engravida na lua de mel brasileira, quase morre dando a luz e finalmente, depois de quatro filmes e aproximandamente 490 minutos passados nas telas representando seu desejo fervente e seu controle super-humano, acorda com os olhos vermelhos de um vampiro [spoiler? dificilmente]. Mas tão pouca coisa acontece entre esses eventos importantes em The Twilight Saga: Breaking Dawn—Part 1 que você pode praticamente ouvir cada segundo passando enquanto você aguarda pelo apogeu. Não que isso vá fazer diferença para os fiéis que devoraram cada uma das 754 páginas do grande livro climax da série de Stephenie Meyer e querem ver o máximo possível das páginas recriadas na tela, nem para aqueles que pagaram mais de $1.8 bilhões em todo o mundo para ver as três partes anteriores nos cinemas, e quase todos eles vão correr para ver esse [filme] o mais rápido possível. A parte 2 não vai surgir até 16 de Novembro de 2012.
Entretanto, com base em Breaking Dawn—Part 1, o mesmo não pode ser dito sobre o final da série, que parece tão inchado e tão anêmico quanto a própria Bella se torna durante a sua gravidez. O filme é como um bolo de caranguejo com três ou quatro pedaços de caranguejo nele cercado por um monte de recheio sem graça. Mas muitas pessoas não podem dizer a diferença ou não se importam, que será em grande parte verdade para o público cativo do filme. Se passando em um lindo cenário arborizado que poderia facilmente ser na próxima propriedade abaixo do lugar da recepção do casamento de Melancholia [2011], de Lars von Trier, as núpcias de Bella Swan [Kristen Stewart] e Edward Cullen [Robert Pattinson] só pode ser plausivelmente denominada de o casamento do século na maneira que o Edward quer dizer quando ele diz à sua noiva de 18 anos de idade que, “Eu tenho esperado um século para casar com você”. Desenhado para durar perto de meia hora na tela, a alegria das preliminares e o evento que segue é sobrecarregado por um forte sentimento de mau presságio, não porque todo o mundo está chegando a um fim, como em Melancholia, mas porque isso significa que a Bella logo vai passar da vida humana para o lado dos vampiros.
Ao receber o convite de casamento, a primeira reação do amigo da Bella, Jacob Black [Taylor Lautner] é de se transformar em lobo e correr irritado para a floresta, mas ele acaba finalmente aparecendo para desejar-lhe o melhor antes do feliz casal embarcar para o Rio, que é tão pouco visto que não parece ter valido apena a viagem. Na sua lua de mel exuberante, Edward é muito cavalheiro, até demais, talvez para a Bella. Eles nadam pelados à noite ao som de algumas músicas incrivelmente enfadonhas, eles são muito afetuosos e compreensíveis uns com os outros, e então de manhã o quarto está em desordem total; nós nunca vemos nada do que acontece entre isso, nenhum momento de real rendição, que é o que a série vem construindo ao longo da história. Onde se espera legitimamente registrar o que Bella sente sobre finalmente se entregar completamente ao que ela desejou ,mas resistiu por tanto tempo, tudo o que se tem são interlúdios frouxos e lânguidos do que ainda parece ser um amor superficial. Bem rídiculo e muito decepcionante.
Mais ou menos na metade do filme, Bella descobre sua gravidez inesperada, levando a um retorno rápido para casa. Quando Jacob vem e observa a agora já tão óbvia condição dela, ele grita uma acusação para Edward: “Você fez isso!”. Enquanto Edward procura uma resposta adequada, Jacob foge novamente, enquanto a tribo de lobisomens locais reage com muita exposição de dentes e brigas internas sobre o que fazer. Nesse tempo, Bella se torna pálida e magra, e parece a ponto de definhar; parece que o feto está sugando todos os nutrientes para si, e não deixando nada para mãe, que não consegue mais comer comida normal. Há apenas uma solução para essa situação, a administração do que traz Bella de volta à vida, e empurra a Parte 1 em direção a seu fim.
Durante as cenas muito lentas e arrastadas da deterioração de Bella, pode-se observar que Kristen Stewart aparece progressivamente esquelética, e tão pouco está acontecendo no filme que você é obrigado a questionar se ela perdeu peso digitalmente ou da maneira convencional. Depois da energia e vivacidade evidente em seus trabalhos como diretor de “Deuses e Monstros”, “Kinsey – Vamos falar de sexo” e “Dreamgirls – Em busca de um sonho”, parece que o diretor Bill Condon caiu em uma espécie de transe ao fazer esse filme, tão devagar é o ritmo quanto banal é o roteiro obediente de Mellisa Rosemberg, cena a cena, momento a momento. Realmente parece como se 40 minutos, e não duas horas, seriam suficientes para transmitir tudo o que é necessário ser coberto.
Mesmo o normalmente de primeira compositor Carter Burwell, é tragado para baixo pela ocasião, embora sua música instrumental é um pouco menos aguado do que a coleção de canções que dominam a trilha sonora.
Os atores a muito já definiram suas performances, e não há surpresas nesse ponto. No final, dado o tão pouco que se passa em Breaking Dawn—Part 1, exceto os acontecimentos principais, o que resta é assistir os três atores, cada qual com seus próprios motivos para serem eminatemente assistíveis. A única esperança é que todos eles tenham mais a fazer da próxima vez.
Fonte: hollywoodreporter | Via: mrpattinson e Foforks
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